quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Meu pai e os gatos!

Neste Carnaval fiquei longe da folia, fui visitar meu pai no interior, o lugar é pertinho de Belo Horizonte. Mas é um sossego só. Carnaval lá só nas cidades vizinhas. Na casa dele, desde quando eu era criança, sempre tivemos gatos de todos os tipos. Já houve época em que os bichanos eram tantos que até os cachorros miavam antes de latir. Dormiam e comiam juntos e nas confusões, acreditem, os cães levavam a pior. Gato no interior é criado livre, solto. Mas nem sempre este privilégio lhes traz uma vida longa e saudável.
Desta vez, quando cheguei em casa, meu pai me disse, triste: Ah! tô sem um gatinho... tá faltando gato nesta casa. Uma casa sem gato não tem graça. Me contou desanimado que tinha encontrado um na rua, amarelinho, uma lindeza!, levou pra casa, mas era tão pequenininho e estava tão fraquinho, doentinho, que não sobreviveu. Na hora, meu irmão lembrou que uma tia nossa estava com vários filhotes de sua gata, e que estava até sem condições de cuidar de todos. Inclusive, tinha um gatinho amarelinho...Ele se entusiasmou na hora e lá fomos nós buscar o bichaninho.
O velho, todo serelepe, como se fosse uma criança indo escolher seu primeiro gatinho de estimação. Se for contar, ele deve ter tido mais de 50... Meu pai tem 74 anos e vive dizendo que agora é menino, que gente com mais de 70 é menino de novo. Pode? Desconheço uma pessoa tão ágil, animada e vaidosa. É magrinho, gosta de se arrumar e de pintar os cabelos de louro (eram sua cor natural), para realçar seus belos olhos azuis.
Na casa da tia, meu pai viu que eram dois iguaiszinhos e não perdeu tempo. Ah! vamos ficar com os dois, pois não se deve separar irmãos. Eles vão ficar tristes. Meu irmão ponderou, dizendo que tinha ganhado só um, e como a tia não estava em casa, era melhor levar apenas um filhotinho. Ele concordou meio a contragosto, mas... vamos embora.
O bichano se acomodou rápido – também, com tanto carinho – e, sendo um filhote, foi mais fácil a adaptação. No dia seguinte, meu pai disse que já tinha se encontrado com nossa tia durante a caminhada matinal e que ela também concordava que irmãos não devem viver separados e que o outro filhotinho tinha mesmo ficado triste. Lá fomos nós de novo buscar o segundo filhote, também amarelinho.
Quando chegamos em casa foi uma folia! Nosso Carnaval! O primeiro filhote, já adaptado, correu para perto do seu irmãozinho e imediatamente começaram a brincar. Uma bagunça só. Não deu nem tempo para ele sentir medo, se adaptar, cheirar o lugar, fazer aquela rotineira vistoria que os felinos costumam fazer diante de uma situação nova. A coisa só complicava quando o Dinner, o terceiro cachorrinho da casa, chegava todo desengonçado. Aí os gatos voavam. Com os outros dois, o Diego e o Didi, era tranquilo.
Quando eu estava pronta para voltar para minha casa, disse ao meu pai: agora que tem dois gatinhos, podia me dar um. E ele disse um “não” como se fosse realmente uma criança. Ah! agora que tomei amor aos meus gatinhos, e você já tem três, não vou dar, não. Depois arrumo um pra você, mas os meus, não. Antes de sair, ele estava decidindo os nomes. Leão, Leo, Lindo, Lindinho...
Retornando lá, saberei os nomes e deixarei uma foto do meu pai e de seus gatinhos. A foto que posto hoje é de dois gatinhos que já fizeram muita bagunça por lá. Encontre-os, se conseguir...

Um comentário:

Anônimo disse...

Então está explicado,o gosto por gato Cleo
é genético...ahuahauahuahaua
quando você falou do seu pai, logo lembrei dos meus avós e concordo quando ele diz que vira criança de novo e vira mesmo, não que isso seja ruim, pelo contrario
minha avó também é muito vaidosa, tem 90 anos
Eu acho que eu consegui achar os dois gatos
eles estão no tronco da árvore???
hauahauhauahauaha
beijos Cleo