quarta-feira, 18 de maio de 2011

Meu bichinho não é de pelúcia

Eu acho que sou daquelas donas chatas, que gosta demais de seus bichinhos de estimação e queria que todos que também têm amigos de estimação fossem iguais. Mas nem todos são e isso me indigna muito. Eu penso que o termo “adoção” se vulgarizou porque todo mundo agora resolveu ter seu bichinho, e se não der certo, se não se adaptar, “eu coloco pra adoção”. Aí eu pergunto: você resolve ter um filho. Com uns dois meses, mais ou menos, você já não aguenta o choro dele, não se “adaptou”, não gostou da experiência, então você resolve o problema colocando seu filho pra adoção? Ah, mas aí você me diz que um filho não é igual a um animal de estimação. Tá bom, pode não ser mesmo. Mas a sua responsabilidade com um bichinho tem que ser tão grande quanto com uma criança. Da mesma forma que você tem que pensar muito antes de ter um filho, você tem que pensar muito também em ter um animal. "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", lembra? do livro "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry. Então...

Felix é meu gatinho mais velho. Já é quase idoso e cheio de vontades. Toda noite quando chego em casa tenho o carinho dele que faz questão de horas de colo. É a maior demonstração de amor de um bichano

O Felix não acha, ele tem certeza de que é o dono de tudo em casa. Sua majestade! É o gato mais temperamental do mundo

Estou cansada de saber de pessoas que não querem mais seu bichinho porque resolveram mudar de cidade, de país, porque resolveram ter filho, porque não se adaptaram, porque o bichinho está estressado, porque ficou com "asma", porque vão casar, porque vão viajar, porque, porque, porque, porque... Ora, pensasse nisso antes, ou você acha que ter um amigo de estimação é que nem ter um bichinho de pelúcia? Que tudo é um mar de rosas? E não pensem que eu não tenho problemas com os meus três gatinhos. Tenho. Eles adoecem como todo bichinho, ficam estressados com qualquer mudança de rotina, destroem meus móveis, brigam entre si, e o pior, por serem machos, um deles resolveu marcar território dentro de casa. Já tentei de tudo, mas não consigo resolver - se alguém já passou, ou passa, pela mesma situação, aceito ajuda. Então, se não consigo resolver ou não estou satisfeita com o comportamento deles, vou passar meu problema pra frente? Vou colocar o meu gatinho, que cresceu comigo, que tem um sentimento de carinho grande, que também me enche de alegria, que é meu companheiro, meu filhote, pra adoção? Ou pior, vou abandoná-lo?

Este é o mais novinho, Valentino. Brigas e ciumeira com o Felix por causa do colo. É muito amor! Como é o mais novinho, adora imitar os outros dois. É um docinho de gatito, mas problemão, resolveu marcar território com xixi, também dentro de casa. Socorro!!

Este é Pepe. Só gosta do colo de madrugada, escondidinho. Vive procurando confusão com o Felix - ciúmes - mas se amam. Vai entender... É um gatinho muito feliz e, pode acreditar, o mais levado do mundo também. Não é tão novinho, mas adora brincar e destruir objetos também, brinquedos, cadarços de tênis, roupas, móveis e tudo que se move perto dele

Passei por momentos difíceis com um gatinho que nem era meu por causa da irresponsabilidade de seu “dono”. Faz um mês que ele se foi. Vivi um luto que não era meu, e me revolta saber que isso acontece com outros animais e com mais pessoas, que gostam, que se preocupam de verdade, e que se dispõem a ajudar. Gostaria muito que o termo ADOÇÃO fosse pra amparar aquele bichinho que nunca teve um dono, um lar, aquele que está ali indefeso, jogado em um canto, na rua, e não pra solucionar o problema de um irresponsável que resolveu ter um bichinho e depois mudou de ideia.

Me perdoem a franqueza, não quero ofender ninguém, e nem sou a dona da verdade. Só gostaria que as pessoas pensassem que um bichinho é pra toda a vida. Não é igual a casamento, que tem separação. É igual a ter um filho, sim. É pra sempre.

Então pare e pense, procure se informar sobre o bichinho, suas características, sua personalidade, rotina, cuidados, adaptação de sua vida cotidiana com a dele. É claro que pode acontecer o imprevisível, mas que seja. Não torne o desejo de ter um bichinho simplesmente num capricho seu. Um animal também tem sentimento. Ele pode te amar.

Da caderneta de vacinação da Clínica São Francisco de Assis

Enfim, desejo que todos sejam muito felizes com seus amigos de estimação, que o número de protetores cresça, e que nenhum bichinho sofra. Amém.

Acesse e, se puder, ajude:
http://www.vakinha.com.br/Vaquinha.aspx?e=35961

6 comentários:

Anônimo disse...

Tenho filho, cachorro e gatos, hoje aprendi que sou responsável por todos eles, aprendi com vcê!Obrigada por me ensinar mais isto!Te admiro pela atitude!!!!
Bjos pra vcê e pros meninos.
Gil.

maria disse...

tenho oito gatos e os adoro passo quase todo tempo com eles são castrados mas de vez em quando gotam de ir para os telhados m os visinhos reclaram e denunciaram para zooonose eles vieram e encontram todo eles em casa,castrados , vacinados e bem tratados , e diseram que estavam bem , eu os mantenho sempre junto de mim para não incomodar os chatos dos visinhos ,so tenho medo que adoeçam de tanto ficarem trancados , mas que posso fazer te admiro por respeitar e amar assim como eu os animais um gd beijo

Cleo Barbosa disse...

Ei Maria,
entendo bem esta sua dificuldade com a vizinhança. Sabe que já passei pelas mesmas dificuldades?
Quando me mudei para a casa onde moro atualmente, um vizinho começou a colocar armadilhas para pegar os gatos porque estavam quebrando as telhas da casa dele e fazendo muito barulho à noite. Acho que até não era os meus bichanos, porque eles saem na parte da manhã e somente o Félix, o mais velho, dá voltinhas rápidas à noite. Mas você sabe! Gatos atraem mais gatos, principalmente as fêmeas que não resistem os meus príncipes, rssss. Certa vez o Félix foi envenenado, esteve entre a vida e a morte, mas se recuperou e está ótimo. Isso foi logo quando me mudei. O que fiz? Visitei os vizinhos e expliquei que tinha três gatos e que eles eram filhos pra mim, que eram castrados e que somente um saía à noite, que eu estava disposta a arcar com despesas se ele causasse algum prejuízo, falei das características deles, pedi desculpas, desculpas... Com o passar do tempo, aprendemos a conviver e hoje os vizinhos até me ajudam a cuidar das danadinhos. Sempre alguém toca campainha perguntando: olha vi um gato preto andando em cima do muro, não é um dos seus? Quem sabe com boas e educadas conversas, você também consiga resolver esse problema.
Beijos

Cecília disse...

Também tenho um gato Pêpe, e por coincidência ele também é preto rs. É o meu filho, o amor da minha vida. O encontrei feio e pequeno no estacionamento do meu trabalho, pronto pra ser esmagado por um carro a qualquer momento; cheio de pulga e doente. No início o peguei para tratar e depois consegui-lo um lar, mas cadê que eu conseguia me separar dele? Ele faz bagunça o dia inteiro, derruba tudo, se esconde em todo buraco, corre pra toda parte, come feito um doido e depois dorme por horas... Adora dormir coladinho comigo e com meu namorado. Ele também se acha o dono da casa :)
Nunca vou entender quem abandona um bicho.

Cleo Barbosa disse...

Ei Cecília!Que bom que seu Pepe encontrou você no caminho dele. Quem tem gato, tem um amigo fiel e alegria constante em casa. Manda fotos para o blog. Beijos para vocês e seus dois amores.

graça belisio disse...

olá cleo! estava buscando alguma solução para meu filhote que resolveu marcar territorio e dei de cara com seu blog e axei muito interessante e lie até o fim. adoro animais, não suporto ve-los sofrendo, morro em uma cidade do interrior da Paraiba e infelizmente aqui não tem canil, então por sua vez tem muitos gatos abandonados na rua, meus vizinhos me criticando porque coloco comida e agua para alguns deles. Eu tenho dois cachorros e tres gatos, são meus amores. todos são machos e um dos gatos não é castrado, porque ele só tem um ovinho a mostra, segundo o veterrinario o outro fica escondido dentre da barriga. então acabei não permitindo a castração. Bom agora ele vevi marcando territorio em toda casa. as vezes brigo com ele, mais fico com o coração partido porque ele fica tristinho, então vou fazer as pazes com ele. Caso tenho aparecido uma solução para o seu, compartilhe comigo. Continue assim, pecisamos incetivar mais pessoas a ser responsavis por seus bichinhos e não te-los apenas como um objeto q quando não serve e jogado fora. Um forte abraço! Graça Belísio.