quinta-feira, 26 de maio de 2011

Não perca a hora, adote um gatinho!

Conheci os vídeos do Simon's cat e achei hilário. É a descrição perfeita do cotidiano com os bichanos. O autor é claro, tem gatitos. Postei aqui os que mais gosto, mas são muitos.
Lá em casa, já disse, eles mandam. De manhã, nem preciso colocar o relógio pra despertar. Britanicamente, me acordam as 6 horas da matina.Uma confusão. Miados, brincadeiras de pegador no quarto que incluem as cortinas e pular de um lado para o outro em cima da cama. Não tem jeito, não dá pra perder a hora.
O problema é que no fim de semana, não consigo desligar o despertador. Fazer o que né! A casa é deles!





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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Meu bichinho não é de pelúcia

Eu acho que sou daquelas donas chatas, que gosta demais de seus bichinhos de estimação e queria que todos que também têm amigos de estimação fossem iguais. Mas nem todos são e isso me indigna muito. Eu penso que o termo “adoção” se vulgarizou porque todo mundo agora resolveu ter seu bichinho, e se não der certo, se não se adaptar, “eu coloco pra adoção”. Aí eu pergunto: você resolve ter um filho. Com uns dois meses, mais ou menos, você já não aguenta o choro dele, não se “adaptou”, não gostou da experiência, então você resolve o problema colocando seu filho pra adoção? Ah, mas aí você me diz que um filho não é igual a um animal de estimação. Tá bom, pode não ser mesmo. Mas a sua responsabilidade com um bichinho tem que ser tão grande quanto com uma criança. Da mesma forma que você tem que pensar muito antes de ter um filho, você tem que pensar muito também em ter um animal. "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", lembra? do livro "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry. Então...

Felix é meu gatinho mais velho. Já é quase idoso e cheio de vontades. Toda noite quando chego em casa tenho o carinho dele que faz questão de horas de colo. É a maior demonstração de amor de um bichano

O Felix não acha, ele tem certeza de que é o dono de tudo em casa. Sua majestade! É o gato mais temperamental do mundo

Estou cansada de saber de pessoas que não querem mais seu bichinho porque resolveram mudar de cidade, de país, porque resolveram ter filho, porque não se adaptaram, porque o bichinho está estressado, porque ficou com "asma", porque vão casar, porque vão viajar, porque, porque, porque, porque... Ora, pensasse nisso antes, ou você acha que ter um amigo de estimação é que nem ter um bichinho de pelúcia? Que tudo é um mar de rosas? E não pensem que eu não tenho problemas com os meus três gatinhos. Tenho. Eles adoecem como todo bichinho, ficam estressados com qualquer mudança de rotina, destroem meus móveis, brigam entre si, e o pior, por serem machos, um deles resolveu marcar território dentro de casa. Já tentei de tudo, mas não consigo resolver - se alguém já passou, ou passa, pela mesma situação, aceito ajuda. Então, se não consigo resolver ou não estou satisfeita com o comportamento deles, vou passar meu problema pra frente? Vou colocar o meu gatinho, que cresceu comigo, que tem um sentimento de carinho grande, que também me enche de alegria, que é meu companheiro, meu filhote, pra adoção? Ou pior, vou abandoná-lo?

Este é o mais novinho, Valentino. Brigas e ciumeira com o Felix por causa do colo. É muito amor! Como é o mais novinho, adora imitar os outros dois. É um docinho de gatito, mas problemão, resolveu marcar território com xixi, também dentro de casa. Socorro!!

Este é Pepe. Só gosta do colo de madrugada, escondidinho. Vive procurando confusão com o Felix - ciúmes - mas se amam. Vai entender... É um gatinho muito feliz e, pode acreditar, o mais levado do mundo também. Não é tão novinho, mas adora brincar e destruir objetos também, brinquedos, cadarços de tênis, roupas, móveis e tudo que se move perto dele

Passei por momentos difíceis com um gatinho que nem era meu por causa da irresponsabilidade de seu “dono”. Faz um mês que ele se foi. Vivi um luto que não era meu, e me revolta saber que isso acontece com outros animais e com mais pessoas, que gostam, que se preocupam de verdade, e que se dispõem a ajudar. Gostaria muito que o termo ADOÇÃO fosse pra amparar aquele bichinho que nunca teve um dono, um lar, aquele que está ali indefeso, jogado em um canto, na rua, e não pra solucionar o problema de um irresponsável que resolveu ter um bichinho e depois mudou de ideia.

Me perdoem a franqueza, não quero ofender ninguém, e nem sou a dona da verdade. Só gostaria que as pessoas pensassem que um bichinho é pra toda a vida. Não é igual a casamento, que tem separação. É igual a ter um filho, sim. É pra sempre.

Então pare e pense, procure se informar sobre o bichinho, suas características, sua personalidade, rotina, cuidados, adaptação de sua vida cotidiana com a dele. É claro que pode acontecer o imprevisível, mas que seja. Não torne o desejo de ter um bichinho simplesmente num capricho seu. Um animal também tem sentimento. Ele pode te amar.

Da caderneta de vacinação da Clínica São Francisco de Assis

Enfim, desejo que todos sejam muito felizes com seus amigos de estimação, que o número de protetores cresça, e que nenhum bichinho sofra. Amém.

Acesse e, se puder, ajude:
http://www.vakinha.com.br/Vaquinha.aspx?e=35961

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Uma difícil despedida



Hoje é um dia muito triste pra mim e, ao mesmo tempo, de alívio. Durante 11 dias briguei com a morte e tentei resistir. Quando percebi que ela era mais forte, me revoltei, briguei. Mas não adiantou, ela venceu. 
Há gente que quando decide cuidar de um bichinho, gosta e se preocupa de verdade, vai até o limite do impossível porque ele cria status de gente, e a vida dele passa a ser a sua. Foi assim comigo e Neguinho. Pra mim, somente Nego. Ele veio da rua, abandonado, muito pequeno, um pingo de gato. Quem o resgatou não ficou com ele, e quem ficou nunca foi seu porto seguro de verdade.
Ele cresceu em uma vila, cercado de muita gente - mas só, e sem um lar de verdade. Convivia com outros felinos da vila e parecia ser feliz, pois era uma vidinha ao ar livre, com árvores, telhados. Adorava se espreguiçar pelo corredor. Ia muito ao meu Ateliê, que também era na vila, e sempre dava um jeito de conquistar o colo dos meus amigos e clientes. Nunca foi maltratado, e em raras vezes teve que ir ao médico.


Cheguei a levá-lo para tomar as vacinas anuais. Consegui convencer sua “dona” a fazer sua castração. Já alimentá-lo corretamente com ração adequada e de boa qualidade, era difícil. A “dona” dava-lhe ainda comida humana cozida, algo completamente não recomendável para o bichinho. Por este motivo, aprendeu a furtar e era um gatinho pidão.
Tudo devido à falta de cuidados de verdade. Eu ficava ali, à espreita, tentando passar cuidados pra ele. Difícil. Eu era apenas a titia dele. No meu ateliê, durante boa parte do dia – eu trabalhava em horário comercial -, ele tinha carinho, comidinha apropriada, colo e minha preocupação com seu futuro. 
Na vila ele morou uns seis anos, que é mais ou menos sua idade. Mas resolveram demolir a vila. Cada morador se mudou e levou seu bichinho. A “dona” do Nego, não. Ele foi então colocado pra adoção. Em minha casa tenho três felinos adultos e a convivência ficaria abalada.
Não pude levá-lo comigo. Dos moradores da vila, ninguém também se prontificou. Apareceram seis pessoas interessadas na adoção do Nego. Tinha que decidir por uma delas. Era muita responsabilidade.
Escolhi um lugar que achei melhor e onde eu pudesse estar por perto. Fiz a escolha da adoção sozinha e depois ainda sofri críticas pela decisão. Tinha gente que se preocupava, que tinha dó, mas, de prático, não fizeram muito por ele.
Nego passou por momentos difíceis. Adaptação, longe do lugar onde ele cresceu, longe das pessoas que o conheciam e que de alguma forma lhe davam atenção. Mas se adaptou. Já vivia pelos colos e estava tendo cuidados que nunca tivera antes. Quando eu não telefonava sua nova dona me ligava e pedia orientações sobre os cuidados com ele, como banho, alimentação, vacinação, etc. Fiquei feliz e tranquila. Agora ele tinha um lar de verdade.
Mas, de repente, ele adoeceu. Fui avisada e lá corri pra ver o que tinha acontecido. Estava abatido. Quando comia, vomitava, e não bebia água. Já estava medicado, mas muito prostrado. Procurei a veterinária que cuidou dele. Me disse que o Nego tinha Haemobartonela, um parasita que ataca o sangue e faz as plaquetas baixarem. É transmitido pela pulga. Isso foi num sábado.
Como estava sendo medicado, esperei até a segunda-feira seguinte para ver sua reação ao medicamento. Voltei a sua casa e ele continuava abatido, mais prostrado ainda. Decidi então levá-lo à médica dos meus “meninos”, que tem uma clínica mais estruturada.
Ela o examinou, verificou os exames e disse que a medicação estava correta. Mas ia substituir o remédio oral pelo injetável, porque ele não parava de vomitar. Fiquei animada, pois conheço esta médica há mais de 10 anos e confio nela.
Completou-se uma semana que Nego estava internado e nada de reação dele à medicação. Fizemos vários exames, novamente de sangue e de urina, ultrassonografia e nenhum deles indicava o que acontecia. A esta altura ele já estava no soro, pois não conseguia se alimentar, não ficava de pé e não reagia. Eu ia lá todos os dias. Quando ele não estava no soro, que era alternado pela dificuldade de pegar as veinhas, tomava sol com ele, fazia carinho, conversava... chorava.
Como ele não reagia aos antibióticos, a médica decidiu então pedir o exame de Aids felina (imunodeficiência felina e leucemia felina), pois não descobriam sua doença e ele não reagia ao tratamento. Infelizmente, deu positivo. Passei 11 difíceis dias com ele. Hoje (14/04/2011), ele se foi. Fiz o que pude e o que não podia para salvar sua vidinha. Mas não venci a morte. 
Obrigada ao Nego por ter tido a oportunidade de conviver com ele. Ao Ely, que me acompanhou e foi parceiro nos momentos mais difíceis. À Regina, que me ligava e ouvia meu chororô todos os dias. À Gil também, pela paciência comigo e por entender a minha revolta. Ao Ruy, meu marido, pela compreensão em casa. À Neide, que abriu sua casa pro Nego e lhe deu carinho e atenção. À doutora Adriana e equipe pela paciência comigo e determinação em salvá-lo. Todas eles conheceram o Nego e lhe deram carinho de alguma forma.

Além de muito triste, agora convivo com a dor da perda, com a frustração de não ter conseguido salvá-lo, e com a preocupação em quitar a despesa médica da clínica, de R$ 1.766,20. 
Tenho comigo todos os exames e tudo referente à tentativa de recuperação do Nego. Para ajudar, você me encontra na Av. Cristovão Colombo, 550 – sobreloja 19, das 13 às 19 horas, e pelo celular (31) 9982-3743.
Obrigada,
Cleo, a titia do Nego.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Coisas de gatinho!

Muito engraçado o Dusty!



Mais sobre o episódio aqui.